“Foi livramento”, diz prefeito que ficou em escala antes de voo para Israel
Kayo Amado (Podemos), de São Vicente (SP), iria encontrar comitiva com vice-governador de SP e outros gestores municipais; ataque contra Irã levou a cancelamento da viagem
“Foi um livramento”, definiu à CNN o prefeito de São Vicente (SP), Kayo Amado (Podemos), o cancelamento da viagem que faria a Israel com uma comitiva liderada pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, ao lado de outros gestores municipais paulistas.
Amado fez um roteiro diferente dos demais integrantes da comitiva, que fariam o voo do Brasil a Israel via Paris. O prefeito de São Vicente pousou nesta sexta-feira (13) em Barcelona (Espanha), de onde seguiria viagem ao destino final.
Israel fez ataques aéreos ao Irã na madrugada de sexta-feira (noite de quinta-feira, no horário de Brasília), o que levou ao fechamento do espaço aéreo do país. Outros prefeitos brasileiros, que participariam de visitas técnicas e eventos a convite do governo israelense, estão retidos no país, à espera de uma definição para o retorno ao Brasil.
“Com filha pequena em casa, só quero voltar para minha casa, minha família. Foi um livramento”, diz Amado em vídeo enviado à CNN.
“Botei o pé para fora do avião, estava lá: voo cancelado”, prossegue o prefeito ao descrever o desembarque na escala em Barcelona. Amado diz ter recebido diversas mensagens durante o voo de amigos e familiares preocupados.
"Várias mensagens: ‘Olha o que está acontecendo, você vai para lá mesmo?’ E aí a gente descobre que, na verdade, a viagem acabou ali”, afirmou.
O prefeito ficou no aeroporto de Barcelona e, depois de sete horas, conseguiu emitir uma agem para voltar ao Brasil, a partir da capital, Madri. A comitiva de Ramuth e outros prefeitos paulistas conseguiram agendar voos de retorno ao Brasil, partindo de Paris, na manhã de domingo.
“Sentimento que fica é de livramento. É extremamente assustador perceber que estava indo para um cenário de guerra”, disse o prefeito de São Vicente.