Iuri Pitta
Blog
Iuri Pitta

Jornalista, mestre em istração pública e governo e professor universitário. Atuou como repórter, editor e analista em coberturas eleitorais desde 2000

“Foi livramento”, diz prefeito que ficou em escala antes de voo para Israel

Kayo Amado (Podemos), de São Vicente (SP), iria encontrar comitiva com vice-governador de SP e outros gestores municipais; ataque contra Irã levou a cancelamento da viagem

Compartilhar matéria

“Foi um livramento”, definiu à CNN o prefeito de São Vicente (SP), Kayo Amado (Podemos), o cancelamento da viagem que faria a Israel com uma comitiva liderada pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, ao lado de outros gestores municipais paulistas.

Amado fez um roteiro diferente dos demais integrantes da comitiva, que fariam o voo do Brasil a Israel via Paris. O prefeito de São Vicente pousou nesta sexta-feira (13) em Barcelona (Espanha), de onde seguiria viagem ao destino final.

Israel fez ataques aéreos ao Irã na madrugada de sexta-feira (noite de quinta-feira, no horário de Brasília), o que levou ao fechamento do espaço aéreo do país. Outros prefeitos brasileiros, que participariam de visitas técnicas e eventos a convite do governo israelense, estão retidos no país, à espera de uma definição para o retorno ao Brasil.

“Com filha pequena em casa, só quero voltar para minha casa, minha família. Foi um livramento”, diz Amado em vídeo enviado à CNN.

“Botei o pé para fora do avião, estava lá: voo cancelado”, prossegue o prefeito ao descrever o desembarque na escala em Barcelona. Amado diz ter recebido diversas mensagens durante o voo de amigos e familiares preocupados.

"Várias mensagens: ‘Olha o que está acontecendo, você vai para lá mesmo?’ E aí a gente descobre que, na verdade, a viagem acabou ali”, afirmou.

O prefeito ficou no aeroporto de Barcelona e, depois de sete horas, conseguiu emitir uma agem para voltar ao Brasil, a partir da capital, Madri. A comitiva de Ramuth e outros prefeitos paulistas conseguiram agendar voos de retorno ao Brasil, partindo de Paris, na manhã de domingo.

“Sentimento que fica é de livramento. É extremamente assustador perceber que estava indo para um cenário de guerra”, disse o prefeito de São Vicente.