"Temos uma dificuldade de trazer medidas que sejam mais impopulares e, lógico, existe uma filosofia atual de aumento de impostos e não de revisão de gastos. Mas é bom colocar que não existe uma bala de prata. Hoje em dia são vários temas pequenos espalhados para tentar equilibrar [as contas]", disse o economista em entrevista ao CNN Money.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou na noite de domingo (9) um pacote com quatro medidas principais para viabilizar o ajuste fiscal em 2025.
Dentro deste pacote, o governo federal propôs ao Congresso ampliar a taxação sobre as bets, casas de apostas esportivas e acabar com a isenção de imposto de renda sobre títulos de investimento como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
No caso das bets, a proposta do governo prevê um aumento da taxação de 12% para 18% sobre o GGR (Gross Gaming Revenue), que é a receita bruta obtida pelas casas de apostas — ou seja, o total arrecadado com as apostas menos o valor pago em prêmios aos jogadores.
Segundo o ministro, os títulos de investimento que antes eram isentos de Imposto de Renda arão a ser tributados com alíquota de 5%.
Para o economista, outras medidas que visam melhorar as contas públicas devem ser discutidas, dentro do contexto de deterioração das contas públicas.
"Vamos ver buscas por reformas, como a reforma istrativa, que vem amadurecendo. Diante disso, alguns temas vão amadurecendo. Assim como a reforma tributária não foi uma discussão inédita neste governo - os anteriores também traziam -, a da previdência mesma coisa, entendo que a reforma istrativa está ficando mais amadurecida. Esse tipo de discussão demora. O tempo de Brasília é muito diferente do tempo do mercado financeiro", afirma.
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