Loyola argumentou que "o grande mal foi dar reajustes reais ao salário mínimo", enfatizando que a verdadeira solução para a pobreza não está nas transferências governamentais, mas sim na geração de empregos.
Segundo o ex-BC, as transferências sociais deveriam ser mecanismos temporários, destinados apenas a segmentos específicos da população que não têm o ao mercado de trabalho.
O economista alertou que o volume atual de transferências não cabe no orçamento do país, criando um cenário insustentável.
"Não adianta você querer fazer, vamos dizer, dar transferências, aumentar as transferências, se não tem dinheiro", afirmou Loyola.
Loyola defendeu a necessidade de desvincular o reajuste dos benefícios sociais do salário mínimo, argumentando que ambos têm lógicas diferentes. Também destacou a importância de uma nova reforma da Previdência, considerando o aumento da expectativa de vida da população brasileira.
Sobre a reforma istrativa, o ex-presidente do BC reconheceu sua importância para aumentar a eficiência do setor público, mas ponderou que seus efeitos fiscais seriam observados apenas no médio e longo prazo.
Ao abordar a questão dos benefícios tributários, Loyola adotou uma postura cautelosa, argumentando que alguns benefícios poderiam ser eliminados, mas outros ainda são importantes na atual conjuntura econômica do Brasil.
O economista relacionou a alta taxa de juros no país ao déficit público, sugerindo que cortes nas despesas governamentais poderiam facilitar o diálogo sobre a redução de benefícios tributários.
"Na medida que você consegue cortar despesas que o governo tem e colocar isso tudo num bojo de um esforço, por exemplo, de criar de fato um arcabouço fiscal sólido e incrível, eu acho que o diálogo fica mais fácil", concluiu Loyola.