O vestibular organizado pela Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) é a forma de ingresso mais tradicional, sendo responsável por selecionar a maioria dos alunos, mas existem outras maneiras de entrar na universidade mais prestigiada do país.
Em relação à Fuvest, em 2025 as inscrições serão realizadas entre os dias 18 de agosto a 7 de outubro. A primeira fase do vestibular está marcada para 23 de novembro. Nela, os candidatos respondem 90 questões de múltipla escolha. Para este ano, a novidade é que o vestibular ará a cobrar temas relacionados à arte, sociologia, filosofia e educação física.
Os candidatos que são classificados realizam, então, a segunda fase, que em 2025 será nos dias 14 e 15 de dezembro. No primeiro dia, os candidatos respondem a 10 questões discursivas de língua portuguesa. Nessa etapa, são abordados temas referentes à interpretação de texto, gramática e literatura, considerando a lista de obras obrigatórias cobradas no vestibular.
Além disso, também é necessário fazer uma redação a partir de um tema proposto. A partir de 2025, o exame ará a cobrar outros gêneros textuais para além do dissertativo-argumentativo.
Já no segundo dia, os candidatos respondem a 12 questões discursivas referentes a duas ou quatro disciplinas específicas à carreira inscrita. Vale lembrar que carreiras de artes cênicas, artes visuais e música têm uma prova adicional de competências específicas na segunda fase.
A lista de aprovados na Fuvest 2026 será divulgada em 23 de janeiro de 2026.
Nessa modalidade, também organizada pela Fuvest, o candidato concorre com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em até três cursos de uma das áreas de conhecimento: Ciências Biológicas e da Vida; Ciências Exatas e Tecnológicas e Ciências Humanas e Sociais, conforme a Tabela de Vagas disponível no ano.
A seleção dos candidatos é feita por classificação conforme a pontuação obtida no Enem.
O Provão Paulista, organizado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, oferece 1.500 vagas. A seleção, no entanto, é exclusiva para estudantes matriculados no Ensino Médio de escolas públicas.
A USP oferece cerca de 200 vagas para o ingresso de estudantes de Ensino Médio participantes de olimpíadas acadêmicas nacionais e internacionais. A maioria das vagas está vinculada a cursos de Ciências Exatas e Engenharias, mas também há opções em cursos na área de Humanas e na de Biológicas.
Para participar o candidato deverá ter participado ou ter sido premiado há, no máximo, dois anos nas competições do conhecimento aceitas para concorrer ao curso pretendido.
A USP permite que alunos matriculados em um curso de graduação externo tentem uma vaga na instituição. É necessário a disponibilidade de vagas no bacharelado escolhido.
Estrangeiros podem ingressar na USP por meio da Fuvest, nota do Enem e do Programa de Estudantes Convênio de Graduação (PEC-G). Na última, são oferecidas vagas para estudantes de 74 países com os quais o Brasil possui acordo educacional, cultural ou científico tecnológico.
A USP é a melhor instituição de ensino superior na América Latina. A conclusão, do ranking elaborado pelo CWUR, analisou 2000 instituições.
Segundo o levantamento, as universidades são classificadas com base em quatro fatores: educação (25%), empregabilidade (25%), corpo docente (10%) e pesquisa (40%). Em 2025, 74 milhões de pontos de dados baseados em resultados foram analisados.
Ao todo, 53 universidades brasileiras aparecem no ranking. Em primeiro lugar entre as da América Latina, a USP aparece em 118º quando considerada a classificação geral – uma queda de uma posição em relação ao ano ado, quando estava em 117º.
O CWUR aponta que a instituição paulista teve declínios nos indicadores de qualidade de educação, empregabilidade, qualidade do corpo docente e pesquisa, motivando a perda de posição no ranking.
A classificação geral é seguida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que aparece em 331º,e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 369º.
"O Brasil está bem representado entre as melhores universidades do mundo. No entanto, o que é alarmante é a queda das instituições acadêmicas devido ao enfraquecimento do desempenho em pesquisa e ao limitado apoio financeiro do governo", afirma o presidente do CWUR Nadim Mahassen.
Ele acrescenta que, enquanto vários países estão colocando o desenvolvimento da educação e ciência no topo de suas agendas, o Brasil está "lutando" para acompanhar o ritmo. "Sem financiamento mais forte e planejamento estratégico, o Brasil corre o risco de ficar ainda mais para trás no cenário acadêmico global em rápida evolução".