Kirchner se apresentará à Justiça e não se asilará em embaixada, diz defesa

Ex-presidente argentina foi condenada a seis anos de prisão por corrupção e está proibida de ocupar cargos públicos

Luciana Taddeo, da CNN, Buenos Aires
Cristina Kirchner se levanta para o hino nacional durante uma masterclass como parte da inauguração da escola do Partido Justicialista, no 20º aniversário da vitória de Néstor Kirchner nas eleições presidenciais, no Teatro Argentino de La Plata, em 27 de abril de 2023, em La Plata, Argentina
Cristina Fernández de Kirchner  • Ignacio Amiconi/Getty Images
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O advogado da ex-presidente Cristina Kirchner, Carlos Beraldi, disse nesta quinta-feira (12) que a líder peronista se apresentará à Justiça no dia determinado e não irá se asilar em uma embaixada.

“Claro. A Cristina vai no dia em que foi notificada, são cinco dias [úteis]. Foi o que o tribunal determinou”, disse quando perguntado por jornalistas sobre se ela cumpriria com a disposição judicial.

Questionado sobre a possibilidade de que a ex-presidente se refugie em uma embaixada, disse que “essas são coisas que a Cristina não faz” e que “isso nem sequer está na cabeça de um dirigente político”.

Na última terça (10), a Justiça da Argentina determinou que a ex-presidente e outros condenados pelo favorecimento de empresários em 51 licitações de obras públicas deverão se apresentar em até 5 dias úteis no Tribunal Criminal Federal no. 2, para que sejam presos.

“Não posso garantir que será na quinta-feira (19), o que posso garantir é que os cinco dias serão cumpridos. Os cinco dias estão correndo neste momento e vamos respeitar como [respeitamos] tudo o que o Tribunal faz”, afirmou.

Ele ressaltou ainda que desde o início deste processo judicial, que define como uma “campanha de perseguição” contra a ex-presidente, todas as “imposições da Justiça” foram cumpridas e continuarão sendo.

A defesa de Kirchner pediu que ela cumpra prisão domiciliar em seu apartamento no bairro de Constitución, na capital argentina, e sem tornozeleira eletrônica.

Além dos seis anos de prisão, a sentença confirmada pela Suprema Corte da Argentina também impede de forma vitalícia que a ex-presidente ocupe cargos públicos.