Segundo a denúncia formalizada nesta terça-feira (10), as vítimas chegaram a abandonar suas casas e realizar pagamentos aos criminosos, com medo de represálias.
Carlos Daniel dos Santos, conhecido como “Niel”, e Lucas Lourenço da Silva, o “Lukinhas”, seriam integrantes de uma facção com atuação na área. Segundo a 11ª Promotoria de Justiça de Caucaia, os crimes ocorreram entre os meses de fevereiro e abril de 2025.
As investigações indicam que os denunciados entravam em contato com as vítimas por telefone e aplicativos de mensagens, exigindo quantias para garantir “proteção” e ameaçando retaliações caso os valores não fossem pagos. Os montantes cobrados variavam entre R$ 100 e R$ 600, conforme relatos colhidos durante a apuração.
A ação criminosa teve impacto direto na rotina de famílias inteiras. Moradores coagidos pelos suspeitos deixaram seus imóveis, que teriam ado a ser ocupados pela facção para uso estratégico e atividades ilegais na região.
O objetivo dos criminosos, segundo o MP, era ampliar o domínio territorial no bairro. Na denúncia, o Ministério Público também pediu que os dois homens indenizem as vítimas pelos prejuízos causados, com devolução integral dos valores extorquidos. A Promotoria solicitou ainda a quebra do sigilo telefônico dos denunciados, com o intuito de aprofundar as investigações sobre o esquema criminoso.
Carlos Daniel está preso desde o dia 29 de abril, quando foi capturado por equipes da Polícia Militar. Já Lucas Lourenço, embora não estivesse preso por esse caso, já se encontra detido à disposição da Justiça por envolvimento em outros crimes. O MP requereu que a prisão preventiva de ambos seja mantida ou decretada, como medida de segurança e garantia da ordem pública.