Jogador do Bragantino tem alta hospitalar após "quase morte"   •  Crédito: Rafael Fernandes
Pedro Severino e o colega de equipe Pedro Castro, de 18 anos, retornavam de um período de folga quando o carro em que estavam colidiu com uma carreta   •  Crédito: Rafael Fernandes
A informação da alta foi confirmada pelo Hospital Unimed Ribeirão Preto, onde Pedro Severino ficou internado por 96 dias   •  Crédito: Rafael Fernandes
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Jovem sofreu um acidente de carro no mês de março e teve processo de morte encefálica iniciado   •  Crédito: Rafael Fernandes
O jogador do Bragantino Pedro Severino, de 19 anos, recebeu alta hospitalar na manhã desta terça-feira (10)   •  Crédito: Rafael Fernandes
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Ao lado dos pais e sob aplausos da equipe médica, o jogador do Bragantino Pedro Severino, de 19 anos, recebeu alta hospitalar na manhã desta terça-feira (10).

As imagens do fotógrafo Rafael Fernandes, do Hospital Unimed, onde o atleta estava internado, mostram ele andando em um corredor e tirando fotos com seus pais, Lucas e Lúcia Severino.

De acordo com uma publicação feita nas redes sociais pelo pai do atleta, Lucas Lúcia Severino, em conjunto com o Hospital Unimed, o jovem já tinha voltado a se movimentar, realizava exercícios de locomoção com auxílio de fisioterapeutas, se alimentava normalmente e havia iniciado a comunicação verbal.

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Entenda o caso

Pedro Severino e o colega de equipe Pedro Castro, de 18 anos, retornavam de um período de folga quando o carro em que estavam colidiu com uma carreta. O veículo era conduzido por um motorista particular.

Severino foi levado em estado crítico ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), com grave trauma craniano e inconsciente. Em 5 de março, o hospital chegou a iniciar o protocolo de morte encefálica, mas o procedimento foi interrompido após o jogador apresentar reflexo de tosse.

Não houve morte cerebral decretada

Em entrevista à CNN, o neurocirurgião Guilherme Lepski, do Hospital das Clínicas e Instituto de Neurocirurgia de São Paulo, explicou que o caso não é incomum justamente por conta dos protocolos adotados para declarar a morte cerebral. A equipe médica precisa respeitar uma série de procedimentos para garantir que não há mesmo atividade cerebral antes de decretar o quatro.

“Está errado falar que a morte encefálica foi declarada e depois revertida. Isso é uma desinformação grave, que pode levar a população a interpretar que morte encefálica é uma coisa reversível, não é absolutamente o caso”, afirma Lepski. “No caso dele não houve o diagnóstico de morte encefálica. A prova clínica foi interrompida porque ele tossiu.”

O neurologista William Rezende explica que o tronco encefálico é justamente a parcela do cérebro responsável pela tosse, sintoma apresentado pelo jogador do Bragantino que fez com que a equipe médica interrompesse o protocolo de morto cerebral.

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