Lula estará em Buenos Aires no dia 3 de julho, quando o Brasil assume a presidência temporária do Mercosul, atualmente com a Argentina. A viagem para a cúpula do bloco será a primeira do presidente brasileiro ao país vizinho desde que Javier Milei assumiu o governo argentino.
A CNN apurou que a visita do presidente brasileiro à líder peronista dependerá das circunstâncias que a Justiça argentina definirá para ela cumprir a sentença.
A defesa da ex-presidente solicitou que Cristina possa ficar em prisão domiciliar, sem tornozeleira eletrônica. Se puder receber visitas, o entorno de Lula não descarta que o petista a encontre, em retribuição ao apoio que recebeu da peronista quando esteve preso no Brasil, em 2018.
A avaliação do entorno de Lula é de que a ligação que ele fez na quarta-feira (11) para a ex-presidente argentina era esperada, dada a solidariedade manifestada por ela e por Alberto Fernández, que chegou a visitar Lula na prisão em Curitiba quando era candidato à Casa Rosada.
“Telefonei hoje no final da tarde para a companheira Cristina Kirchner e manifestei toda a minha solidariedade. Falei da importância de que se mantenha firme neste momento difícil”, escreveu Lula na rede social X.
O presidente brasileiro manifestou ainda ter notado, “com satisfação, a maneira serena e determinada com que Cristina encara essa situação adversa e o quanto está determinada a seguir lutando”.
O telefonema entre eles foi curto e uma retribuição dos gestos quando o petista esteve preso, segundo um integrante do Planalto.
Em 2018, a líder peronista agora condenada se manifestou contra a proibição de que ele se candidatasse à Presidência naquele ano.
“Agora impedem Lula de ser candidato presidencial porque sabem que ele ganharia amplamente as eleições de outubro. No Brasil os meios de comunicação, em coordenação com o Poder Judiciário, também arrasaram com o Estado de Direito”, escreveu Cristina na rede social X quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou o petista inelegível.