Novacki havia indagado Torres para que seu cliente explicasse o funcionamento da estrutura de hierarquia entre a Polícia Militar do Distrito Federal e a Secretaria de Segurança Pública do DF, da qual Torres foi secretário nos primeiros dias de janeiro de 2023.

No entanto, antes que o depoente pudesse responder à pergunta, Moraes sorriu e disse a Novacki: "Doutor, não provoca". Em seguida, os três riram da situação.

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Moraes fez referência a um embate que teve no mês ado com Rosivan Correia de Souza, servidor da Secretaria de Segurança Pública do DF, que na ocasião prestava depoimento como testemunha de defesa de Torres.

À época, Rosivan declarou que o Comando-Geral da Polícia Militar do DF não estaria subordinado à secretaria, mas apenas vinculado a ela.

Ao final do depoimento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou se de fato não havia hierarquia entre a SSP e a Polícia Militar. Advogados de Torres intervieram, argumentando que, conforme o organograma do governo do DF, a relação entre a PM e a SSP seria de vinculação, e não de subordinação.

Moraes, então, pediu a palavra e rebateu: “Eu fui secretário de Segurança. Há relação de total subordinação. O secretário de Segurança comanda a Polícia Militar e a Polícia Civil”, afirmou, exigindo que a testemunha respondesse diretamente ao questionamento feito pela PGR.

A testemunha manteve a posição inicial e reiterou que, no Distrito Federal, não existiria subordinação formal da PM à SSP, mas apenas uma vinculação istrativa.

Diante disso, Moraes se irritou e ironizou: “O secretário de Segurança é uma rainha da Inglaterra aqui?”.

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Alexandre de MoraesAnderson TorresSTF (Supremo Tribunal Federal)