“Quero fazer uma política de crédito para os coitados que ficam entregando comida neste país em umas motinhas velhas e vagabundas. Vamos querer fazer uma política de crédito para ele ter uma moto via elétrica para gastar pouca energia”, afirmou o presidente durante evento em Mariana (MG).

Lula também propôs a criação de um vale-refeição para a categoria.

“Às vezes eles vão entregar comida para os outros, com o nariz cheirando a comida do outro, e estão com fome. Então é preciso que a gente discuta um vale-refeição para esse companheiro”, complementou Lula.

Leia Mais

A CNN procurou o Palácio do Planalto para ter detalhes sobre as medidas e a origem dos recursos que irão subsidiar os programas, mas, até o momento, não houve resposta.

As declarações ocorrem em meio à crescente pressão do Congresso Nacional para que o governo reduza os gastos públicos e o compromisso com a responsabilidade fiscal.

Na quarta-feira (11), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cobrou uma postura mais firme do governo federal: “O governo precisa apresentar o dever de casa e cortar gastos”, afirmou.

Durante um evento com empresários em São Paulo no início da semana, Motta também criticou a Medida Provisória que substituirá o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, não há compromisso do Congresso com a aprovação da nova proposta.

“O pacote de medidas fiscais do ministro Fernando Haddad deve ter uma reação muito ruim, não só no Congresso, mas também entre os empresários”, disse o deputado.

No último domingo (8), o ministro da Fazenda apresentou um pacote de medidas para viabilizar o ajuste fiscal de 2025. Entre as propostas, está a taxação de 5% sobre títulos atualmente isentos de Imposto de Renda, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).

A MP também deve aumentar a tributação sobre as casas de apostas online. A alíquota cobrada sobre o "Gross Gaming Revenue" (GGR) — o faturamento das empresas após o pagamento dos prêmios e do IR — deve subir de 12% para 18%.

Tópicos
Governo LulaHugo MottaLuiz Inácio Lula da Silva (Lula)