O advogado havia pedido a palavra para sinalizar que seu cliente iria manter o direito constitucional de silêncio durante o interrogatório e só responderia aos questionamentos da defesa.
Na ocasião, Mayer foi interrompido por Moraes, que disse: "O horário do almoço ainda está longe, vamos seguir".
Na segunda-feira (9), Matheus Mayer, ao final do depoimento do também réu tenente-coronel Mauro Cid, pediu a Moraes que finalizasse a audiência, alegando que precisva de mais tempo para conseguir jantar.
"Eu, minimamente, quero jantar, excelência, porque eu só tomei café da manhã", disse o advogado do general Heleno, que não disfarçou o riso diante do pedido inusitado.
Outros presentes também se divertiram com o diálogo entre Mayer e Moraes.
O STF está no segundo dia de interrogatório, nesta terça-feira (10). Os oito réus do chamado "núcleo crucial" da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022 serão ouvidos, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, o delator tenente-coronel, Mauro Cid, e o ex-ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional no governo de Jair Bolsonaro, Augusto Heleno é acusado de participar, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, de discussões golpistas. Ele teria sido o escolhido para comandar um “gabinete de crise” após a consumação do golpe.